Em 2024, a safra agrícola do Brasil prevista é de 306,5 milhões de toneladas, 2,8% menor que em 2023, segundo o 3º prognóstico do LSPA.
A redução é atribuída principalmente à diminuição das previsões para o milho 2ª safra (-12,8%), milho 1ª safra (-3,3%), sorgo (-12,1%) e algodão herbáceo em caroço (-3,3%). Em contrapartida, prevê-se aumento na produção de soja (1,7%), feijão (4,2%), arroz (1,6%) e trigo (33,0%).
Quanto à área prevista, espera-se aumento para o arroz em casca (4,9%), trigo (0,6%), algodão herbáceo em caroço (0,2%), feijão (4,0%) e soja (0,9%). No entanto, prevê-se redução nas áreas de sorgo (-2,3%), milho 1ª safra (-5,0%) e milho 2ª safra (-4,3%).
Ressalta-se o impacto dos eventos climáticos de 2023 na safra de grãos de 2024, com chuvas excessivas no Paraná e no Rio Grande do Sul e seca no Norte e Centro-Oeste. Em 2023, houve queda na produção de trigo, aveia e cevada, com redução da qualidade devido às chuvas em excesso.
Fonte: IBGE (2024)
SOJA
A soja desempenha um papel crucial no mercado agrícola brasileiro, sendo uma das culturas mais importantes e lucrativas do país. Com uma produção anual que frequentemente supera os 100 milhões de toneladas, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de soja. Em 2023, por exemplo, a produção brasileira de soja atingiu um recorde de aproximadamente 142,8 milhões de toneladas, representando mais de 35% da produção global.
Do ponto de vista econômico, a soja é uma das principais commodities agrícolas do Brasil, contribuindo significativamente para a balança comercial do país. Em 2023, as exportações brasileiras de soja e derivados alcançaram um valor superior a 40 bilhões de dólares, destacando-se como uma fonte essencial de receita para a economia brasileira. Além disso, a soja é responsável por uma parcela significativa dos empregos gerados no setor agrícola, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil, onde a cultura é predominante.
Geograficamente, o cultivo de soja está concentrado principalmente nos estados do Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. O Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de soja, respondendo por mais de um terço da produção nacional. No entanto, outros estados têm aumentado sua participação na produção, impulsionando ainda mais o crescimento do setor.
Além de sua importância econômica, a soja desempenha um papel crucial na segurança alimentar, fornecendo óleo e proteína vegetal para consumo humano e animal. O crescimento da demanda global por proteína vegetal tem impulsionado ainda mais a expansão do cultivo de soja no Brasil, à medida que os produtores buscam atender às necessidades do mercado internacional.
Devido a tal importância, conhecer o conhecimento da fenologia da soja é fundamental para fornecer nutrientes de forma balanceada permitindo a planta expressar o máximo de seu potencial produtivo.
A escala fenológica da soja é um sistema utilizado para descrever e monitorar o desenvolvimento das plantas de soja ao longo de seu ciclo de vida. Ela geralmente inclui várias etapas chave que abrangem desde a germinação da semente até a maturação completa da planta. As principais etapas na escala fenológica da soja incluem
Emergência: Esta fase marca o momento em que as plântulas emergem do solo após a germinação das sementes.
Desenvolvimento vegetativo: Durante esta fase, a planta de soja concentra-se no crescimento de folhas, caule e sistema radicular. As principais subetapas incluem a formação de folhas trifoliadas e o crescimento vegetativo da planta.
Floração: Esta é uma fase crítica em que ocorre a produção de flores nas plantas de soja. A floração é essencial para a formação de vagens e, posteriormente, de sementes.
Formação de vagens: Após a polinização das flores, as vagens começam a se desenvolver nas plantas de soja. Esta fase marca o início da formação das sementes.
Enchimento de vagens: Durante esta etapa, as vagens continuam a se desenvolver e as sementes começam a se formar dentro delas. A planta concentra energia na produção e no enchimento das sementes.
Maturação: Esta fase final do ciclo fenológico da soja é caracterizada pelo amadurecimento das vagens e das sementes. As plantas começam a perder folhas e a secar, e as sementes atingem sua maturidade fisiológica.
SOLUÇÕES PARA A SUA CULTURA:
MILHO
O milho é uma cultura de importância incontestável para o mercado agrícola brasileiro, desempenhando múltiplos papéis que abrangem desde a segurança alimentar até a indústria de biocombustíveis. Com uma produção anual que frequentemente ultrapassa os 100 milhões de toneladas, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de milho, consolidando sua posição como um dos principais players globais nesse mercado.
Em termos econômicos, o milho é uma das culturas mais cultivadas no Brasil, com uma produção que tem crescido consistentemente ao longo dos anos. Em 2023, por exemplo, o país produziu aproximadamente 115 milhões de toneladas de milho, gerando uma receita significativa para os produtores e contribuindo para o crescimento do PIB agrícola.
Geograficamente, o cultivo de milho está distribuído por todo o território brasileiro, com destaque para os estados do Mato Grosso, Paraná, Goiás e Minas Gerais, que são os principais produtores. O Mato Grosso, em particular, se destaca como o maior produtor de milho do país, respondendo por uma parcela significativa da produção nacional.
Além de sua importância como alimento básico na dieta humana e animal, o milho desempenha um papel crucial em diversas cadeias produtivas. Ele é amplamente utilizado na indústria de alimentos para a produção de fubá, polenta, óleo, amido, xarope de milho e uma variedade de outros produtos. Também é uma matéria-prima essencial na produção de rações para aves, suínos e bovinos, contribuindo para o desenvolvimento do setor pecuário brasileiro.
Outro aspecto importante é o uso do milho na produção de biocombustíveis, especialmente etanol. O Brasil é líder mundial na produção de etanol de milho, uma alternativa mais sustentável e menos poluente em comparação aos combustíveis fósseis. A produção de etanol de milho tem impulsionado o crescimento do setor de biocombustíveis no país, contribuindo para a diversificação da matriz energética e para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além de seu impacto econômico, o milho também desempenha um papel importante na preservação ambiental e no desenvolvimento social. Muitos pequenos agricultores brasileiros cultivam milho como uma cultura de subsistência, garantindo segurança alimentar e gerando renda para suas famílias. Além disso, práticas agrícolas sustentáveis, como o plantio direto e a rotação de culturas, são amplamente adotadas na produção de milho, contribuindo para a conservação do solo e da biodiversidade.
A escala fenológica do milho descreve o desenvolvimento da planta de milho ao longo de seu ciclo de vida, desde a germinação da semente até a maturação completa da planta. As principais etapas na escala fenológica do milho incluem:
Germinação: Esta é a primeira etapa do ciclo de vida do milho, marcada pela emergência das plântulas a partir das sementes plantadas no solo.
Desenvolvimento vegetativo: Durante esta fase, a planta de milho concentra-se no crescimento de folhas, caule e raízes. As principais subetapas incluem a formação de folhas, o crescimento do caule e a expansão do sistema radicular.
V9 (nona folha expandida): Neste estágio, a planta atinge a fase de V9, onde a nona folha se expande completamente.
V12 (décima segunda folha expandida): A planta atinge a fase de V12, caracterizada pela expansão completa da décima segunda folha.
Floração: Esta é uma fase crucial em que as inflorescências masculinas (tassel) e femininas (espigas) se desenvolvem na planta de milho. A polinização das flores femininas pelo pólen liberado pelas inflorescências masculinas é essencial para a formação de grãos de milho.
Formação de grãos: Após a polinização, os grãos de milho começam a se desenvolver nas espigas. Durante esta fase, a planta concentra energia na formação e no enchimento dos grãos.
Maturação: Esta é a fase final do ciclo de vida do milho, marcada pelo amadurecimento dos grãos e pela secagem das plantas. Os grãos atingem sua maturidade fisiológica e estão prontos para a colheita.
SOLUÇÕES PARA A SUA CULTURA:
FEIJÃO
O feijão é uma cultura de extrema importância para o mercado agrícola brasileiro, desempenhando um papel fundamental na segurança alimentar, na economia e na cultura do país. Como uma das principais fontes de proteína vegetal na dieta brasileira, o feijão é considerado um alimento básico e tradicional em milhões de lares em todo o país.
Do ponto de vista econômico, o feijão é uma das culturas mais cultivadas no Brasil, com uma produção anual que contribui significativamente para o PIB agrícola. O país é um dos maiores produtores e consumidores mundiais de feijão, com uma produção que frequentemente ultrapassa 3 milhões de toneladas por ano. Em 2023, por exemplo, o Brasil produziu aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de feijão, consolidando sua posição como um dos principais players globais nesse mercado.
Geograficamente, o cultivo de feijão está distribuído por todo o território brasileiro, com destaque para os estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, que são os principais produtores. O Paraná, em particular, se destaca como o maior produtor de feijão do país, respondendo por uma parcela significativa da produção nacional.
Além de sua importância como alimento básico na dieta brasileira, o feijão desempenha um papel crucial na sustentabilidade agrícola e na segurança alimentar. Como uma cultura de ciclo curto e alta produtividade, o feijão é cultivado em uma variedade de ambientes e regiões do país, contribuindo para a diversificação da agricultura e para a geração de renda para milhares de agricultores familiares em todo o Brasil.
Além disso, o feijão é uma cultura de rotação importante, ajudando a melhorar a fertilidade do solo e a reduzir a dependência de insumos químicos. Isso contribui para a sustentabilidade ambiental e para a saúde do solo a longo prazo.
A escala fenológica do feijão descreve o desenvolvimento da planta de feijão ao longo de seu ciclo de vida, desde a germinação da semente até a maturação completa da planta. As principais etapas na escala fenológica do feijão incluem:
Germinação: Esta é a primeira etapa do ciclo de vida do feijão, marcada pela emergência das plântulas a partir das sementes plantadas no solo.
Desenvolvimento vegetativo: Durante esta fase, a planta de feijão concentra-se no crescimento de folhas, caule e raízes. As principais subetapas incluem a formação de folhas, o crescimento do caule e a expansão do sistema radicular.
Floração: Esta é uma fase crucial em que as flores se desenvolvem na planta de feijão. A polinização das flores é essencial para a formação de vagens e, posteriormente, de grãos de feijão.
Formação de vagens: Após a polinização, as vagens começam a se desenvolver nas plantas de feijão. Esta fase marca o início da formação dos grãos de feijão dentro das vagens.
Enchimento de vagens: Durante esta etapa, as vagens continuam a se desenvolver e os grãos de feijão começam a se formar completamente dentro delas. A planta concentra energia na produção e no enchimento dos grãos.
Maturação: Esta é a fase final do ciclo de vida do feijão, marcada pelo amadurecimento das vagens e dos grãos de feijão. As vagens começam a secar e os grãos atingem sua maturidade fisiológica, estando prontos para a colheita.
SOLUÇÕES PARA A SUA CULTURA:
TRIGO
O trigo é uma cultura de grande importância para o mercado agrícola brasileiro, desempenhando um papel crucial na segurança alimentar, na economia e na diversificação da agricultura do país. Embora o Brasil não seja o maior produtor mundial de trigo, ainda possui uma produção significativa e estratégica.
Do ponto de vista econômico, o trigo é fundamental para a indústria alimentícia brasileira, pois é a principal matéria-prima na produção de farinha de trigo, utilizada na fabricação de pães, massas, bolos e uma variedade de outros produtos. Em 2023, o Brasil produziu aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de trigo, segundo dados do IBGE, contribuindo significativamente para a economia nacional.
Geograficamente, o cultivo de trigo está concentrado principalmente nos estados do Sul do Brasil, como Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, que são responsáveis pela maior parte da produção nacional. O Rio Grande do Sul é o maior produtor de trigo do país, seguido pelo Paraná e Santa Catarina.
Além de sua importância econômica, o trigo desempenha um papel crucial na rotação de culturas e na melhoria da saúde do solo. O cultivo do trigo permite a recuperação de nutrientes do solo, a redução de pragas e doenças e a preparação do terreno para o plantio de outras culturas, contribuindo para a sustentabilidade agrícola e para a conservação do meio ambiente.
Outro aspecto importante é o potencial do trigo na geração de empregos e no desenvolvimento rural. A produção de trigo envolve uma cadeia produtiva complexa, que inclui desde os produtores rurais até os agricultores familiares, cooperativas, indústrias moageiras e distribuidores. Essa cadeia produtiva gera empregos em diversas áreas, promovendo o crescimento econômico e o desenvolvimento social nas regiões produtoras.
A escala fenológica do trigo descreve o desenvolvimento da planta de trigo ao longo de seu ciclo de vida, desde a germinação da semente até a maturação completa da planta. As principais etapas na escala fenológica do trigo incluem:
Germinação: Esta é a primeira etapa do ciclo de vida do trigo, marcada pela emergência das plântulas a partir das sementes plantadas no solo.
Desenvolvimento vegetativo: Durante esta fase, a planta de trigo concentra-se no crescimento de folhas, caule e raízes. As principais subetapas incluem a formação de folhas, o alongamento do caule e o desenvolvimento do sistema radicular.
Espigamento: Nesta fase, ocorre a formação da espiga, onde as flores se desenvolvem e iniciam o processo de polinização.
Floração: Durante esta etapa, ocorre a abertura das flores na espiga, permitindo a polinização e a formação dos grãos de trigo.
Enchimento de grãos: Após a polinização, os grãos de trigo começam a se desenvolver na espiga. Durante esta fase, a planta concentra energia na formação e no enchimento dos grãos.
Maturação: Esta é a fase final do ciclo de vida do trigo, marcada pelo amadurecimento dos grãos. As folhas e a espiga começam a secar, e os grãos atingem sua maturidade fisiológica, estando prontos para a colheita.
SOLUÇÕES PARA A SUA CULTURA:
ARROZ
O arroz é uma cultura de extrema importância para o mercado agrícola brasileiro, desempenhando um papel fundamental na segurança alimentar do país e na economia rural. Sua relevância abrange diversos aspectos, desde o fornecimento de alimentos básicos para a população até o impacto econômico positivo em várias regiões produtoras.
Em termos econômicos, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de arroz do mundo. A produção nacional de arroz contribui significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do país e para a geração de empregos ao longo de toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a comercialização. Em 2023, o Brasil produziu aproximadamente 12,6 milhões de toneladas de arroz, de acordo com dados do IBGE, consolidando sua posição como um dos principais produtores globais.
Além do impacto econômico, o arroz desempenha um papel crucial na segurança alimentar da população brasileira. Como um alimento básico na dieta de milhões de pessoas, o arroz fornece carboidratos essenciais, vitaminas e minerais, desempenhando um papel importante na nutrição e no bem-estar da população. Sua produção nacional garante o abastecimento do mercado interno, ajudando a manter os preços acessíveis e estáveis para os consumidores.
Geograficamente, o cultivo de arroz está concentrado principalmente em estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás. Essas regiões possuem condições climáticas e edafoclimáticas favoráveis para o cultivo do arroz, incluindo a disponibilidade de água para irrigação e solos adequados.
Além da importância alimentar e econômica, o arroz também desempenha um papel importante na sustentabilidade ambiental e na preservação dos ecossistemas. O cultivo de arroz pode ser realizado de forma sustentável, adotando práticas agrícolas que promovam a conservação do solo, a eficiência no uso de recursos hídricos e a redução do uso de agroquímicos, contribuindo para a proteção do meio ambiente e a manutenção da biodiversidade.
A escala fenológica do arroz descreve os estágios de desenvolvimento da planta ao longo de seu ciclo de vida. Aqui está a escala fenológica simplificada do arroz, dividida em estágios vegetativos e estágios reprodutivos:
Estágios Vegetativos:
Germinação: Início do desenvolvimento da planta a partir da semente.
Emergência: Plântula emerge do solo.
Perfilhamento: Surgimento de novos perfilhos (brotações laterais) a partir da base da planta.
Desenvolvimento Vegetativo: Crescimento das folhas, alongamento do caule e desenvolvimento do sistema radicular.
Estágio de Máximo Desenvolvimento Vegetativo: Ponto de máximo desenvolvimento vegetativo antes da transição para os estágios reprodutivos.
Estágios Reprodutivos:
Emborrachamento (EMB): Formação da estrutura de emborrachamento na base da panícula, indicando o início da diferenciação dos grãos de arroz.
Floração (FL): Período em que ocorre a abertura das flores e a polinização.
Formação do Grão (FG): Formação inicial do grão de arroz dentro da espigueta.
Grão Leitoso (GL): Fase em que o grão de arroz está cheio de líquido.
Grão Pastoso (GP): O líquido dentro do grão de arroz começa a se tornar pastoso.
Grão Mole (GM): O grão de arroz atinge sua maturidade fisiológica, mas ainda não está pronto para a colheita.
Maturação (MA): O grão de arroz amadurece completamente e está pronto para a colheita.