CAFÉ
Na safra 2023-2024, a produção mundial de café atingiu 171,4 milhões de sacas de 60kg. Desse total, os grãos de Coffea arabica, conhecidos como café arábica, representaram 97,3 milhões de sacas, ou seja, 56,7%. Já os grãos de Coffea canephora, que incluem as variedades robusta e conilon, contribuíram com 74,1 milhões de sacas, equivalendo a 43,3% da produção global.
Para uma análise mais precisa, vamos comparar a produção mundial de café de duas espécies nesta safra, focando nos três principais países produtores: Brasil, Vietnã e Colômbia. Juntos, eles contribuem com cerca de 57% da safra global estimada, totalizando aproximadamente 97,08 milhões de sacas de 60kg.
Ao analisar a produção de café desses três países em comparação com o resto do mundo, vemos que o Brasil lidera com uma safra de 58,08 milhões de sacas de 60kg, representando cerca de 34% da produção global. Isso confirma sua posição como o principal produtor de café mundial por várias décadas.
Fonte: Embrapa (2024)
SOLUÇÕES PARA A SUA CULTURA:
Os nutrientes minerais interferem na qualidade final do café por duas vias, uma direta, por seu papel no metabolismo da planta e acúmulo de compostos químicos desejáveis, do ponto de vista do aroma e sabor do café, e, outra, indireta, por seu papel na produção de compostos que desfavorecem o desenvolvimento microbiano nos grãos (Prieto et al. 2014).
Por tal motivo, conhecer a nutrição mineral se torna fundamental, pois, unir-se-a a produtividade com a qualidade. Outro ponto fundamental, é saber que a correta nutrição melhora a sanidade vegetal, sendo diretamente pela melhor formação de elementos estruturais seja pelos exudados expelidos pelas plantas.
Para Marschner (2012), a taxa de fluxo e a composição dos exudados podem ser particularmente altos quando a concentração de N estiver em excesso e a do K baixa. Com o nutriente K baixo, ocorre a formação de compostos de baixo peso molecular, promovendo o aumento na incidência de doenças. Por outro lado, a difusão dessas substâncias para o apoplasto depende da permeabilidade das membranas, que é, consideravelmente, afetada por Ca e B.
Porém, se as barreiras à penetração dos patógenos falham, após a ocorrência da infecção, rotas metabólicas secundárias podem ser ativadas produzindo fitoalexinas que se acumulam ao redor dos sítios de infecção e impedem o desenvolvimento dos patógenos, sendo que Mn, Fe, Cu e B podem estar envolvidos nesses mecanismos de defesa (Pozza et al., 2004).
Referências
Prieto, M. H. E.; Clemente, J. M.; Lacerda, J. S. de. Nutrição mineral do cafeeiro e qualidade da bebida. Rev. Ceres, Viçosa, v. 61, Suplemento, p. 838-848, nov/dez, 2014.
Marschner P (2012) Marschner’s mineral nutrition of higher plants. 3ªed. New York, Academic Press. 651p.
Pozza AAA, Guimarães PTG, Carvalho VL, Pozza EA, Carvalho JG & Romaniello MM (2004) Interações entre as doenças e estado nutricional do cafeeiro. Lavras, EPAMIG. 84p. (Boletim técnico, 73)